terça-feira, 27 de julho de 2010

POESIA DO ADOLESCENTE L. H. SOBRE O CASE-PETROLINA

CASE Petrolina,

Nunca vi existir uma FUNASE tão linda assim
cheia de glórias e esperança
onde ajuda e apóia adolescentes ou crianças,
seja grande ou pequeno
aqui é bem tratado e bem recebido,
quem entrar nessa FUNASE
entre com caráter
porque você pode ser um homem mais tarde
não um homem do sexo masculino ou feminino
mas um homem pra chegar lá fora e ser bem recebido
assim como vários meninos.

Na frente do CASE Petrolina
Corre águas sem chover
São lágrimas da nossa diretora
Que chora quando não consegue nos entender.

PRODUÇÃO DE NARRATIVAS.

FOI SOLICITADO AOS EDUCANDOS A PRODUÇÃO DE UMA NARRATIVA, APÓS A CONSTRUÇÃO E EXPLANAÇÃO DO CONCEITO DA MESMA, COM O AUXÍLIO DE IMAGENS (FOTOS) RETIRADAS DE REVISTAS E/OU JORNAIS. VEJAMOS ALGUNS EXEMPLOS:

A VIDA COM DROGAS

Tudo começa assim com amigos. Essa é a história de Carla, que aos dezessete anos começou a se envolver com más companhias na cidade de Petrolina. Passou a ir a festas e começou a se envolver com drogas e quando viu, já estava completamente perdida. Quando foi ver já estava assim: fora de casa, perdeu a escola, família, amigos, logo, soube que estava com AIDS por causa dessas companhias que ela teve esse momento difícil e por causa da drogas. Foi se cuidar, mas já estava tarde demais, por causa das drogas e da AIDS. Isso é o que as drogas fazem. Nunca caia nessa. Diga não ás drogas e sempre se cuide.

O HOMEM INVISÍVEL

Tudo começou numa tarde de domingo quando um rapaz cientista, estava tentando inventar a fórmula da invisibilidade. Ele arranjou vários ingredientes. Nisso ele trabalhou com muita tecnologia e muita ciência durante quinze anos e finalmente ele inventou a fórmula da invisibilidade. Ele foi para casa com o antídoto e colocou na geladeira. As dez horas da noite, ele resolveu experimentar a fórmula que ele chamava de antídoto. Ao experimentar a fórmula começou a passar mal e a revirar os olhos e se bater no chão, porém ele começou a desaparecer. Ele percebendo que ficou invisível, ficou aperreado com a situação e depois voltou ao normal e controlou a invisibilidade.

MEMORIAL 3

Tudo começou em 20 de abril de 1993 quando cheguei a este mundo, com pouco mais de três quilos.
Fui criado por minha mãe que me deu tudo que eu precisava. Comecei a estudar com meus 7 anos de idade, mas era um estudante meio bagunceiro. Vivi boa parte da minha infância, morando perto do rio onde pude brincar muito e aproveitar meus dias de criança. Aos 12 anos de idade, fui morar em São Paulo, onde vivi dois anos. Lá conheci muitas pessoas e pude namorar muito com as meninas. Depois voltei de novo para minha cidade natal, Petrolina. Depois de alguns anos, comecei a me envolver com a vida errada, comecei a roubar e praticar coisas erradas; mas logo parei, graças aos conselhos da minha família primeiramente, abaixo de Deus e também de um grande amor do passado. Logo depois, com a ajuda de más amizades, me envolvi com a morte de um certo jovem e hoje estou aqui na FUNASE para me ressocializar e poder sair daqui como um cidadão normal e um dia poder formar minha própria família. Acredito muito que Deus vai me ajudar nessa luta.

MEMORIAL 2

Meu nome é E.S. Sou de Salgueiro, tenho 18 anos, sou de 1991 do dia 26 de dezembro. Tive uma infância muito boa. Tenho duas irmãs, uma mais nova que eu que tem 17 anos, eu gosto muito dela; e a outra que tem 19 anos, ela tem um filho que eu gosto muito dele e também, eu amo muito a minha mãe. Depois dos meus 17 anos comecei a andar com uns amigos e aí eu comecei a fazer o que não devia. Aí fiz a minha primeira besteira da minha vida que foi uma coisa que eu nunca pensei de fazer, que foi tirar a vida de um ser humano; mas eu me arrependo muito do que fiz. E aí eu vim parar na Fundação Socioeducativa de Criança e Adolescente. Mas quando eu sair daqui, eu vou fazer tudo diferente. Eu me arrependo muito do que fiz.

MEMORIAIS 2010

MEMORIAL 1

Foi pedido aos educandos que fizessem um MEMORIAL, ou seja, um texto falando um pouco da sua vida desde o nascimento até o momento em que chegaram na FUNASE. Segue alguns exemplos:


Meu nome é L. H. tenho 17 anos e moro com a minha mãe e meu irmão. Bom, minha vida não foi essas coisas não porque eu perdi meu pai cedo quando eu tinha entre 5 e 6 anos de idade. Meu pai era da vida errada quando o próprio amigo dele, por ganância, matou ele e eu cresci com essa raiva dentro de mim. Quando eu tinha de 11 a 12 anos de idade, eu fui dando ouvidos as amizades que eu tinha e comecei a me drogar. Saia de casa, brigava com todos os meus familiares, qualquer coisa queria sair na mão e sair de casa. Passei a minha infância na vida louca, passando pela FUNASE chegando a um ponto de fugir de Recife e ir para São Paulo. Quando eu cheguei lá, eu dei um tempo de drogas, de amizades, mas por pouco tempo. Construí uma família e perdi por causa de droga e amizade. Tive que voltar pra Recife, fugindo de São Paulo por causa de roubos, os caras de lá queriam me matar e tive que deixar minha família pra trás. Depois de quatro meses fui preso de novo e quase morro porque me enforcaram a noite toda, das 10 horas até de manhã do outro dia. Fui sentenciado e eu estou aqui em Petrolina, no CASE.

O MESMO ALUNO RESOLVEU FAZER O MEMORIAL TAMBÉM EM FORMA DE RAP. VEJA COMO FICOU:

MEMORIAL EM FORMA DE RAP

Vem conhecer a história de Formiga
A sua vida real é essa
um moleque de rua criado na favela
Saio de casa quando ainda era pequeno
e hoje na cadeia tá passando veneno.

No dia 07 de dezembro, ele saiu de casa
olhou pra mãe e disse: _ Eu vou comprar a massa
na mesma hora a sua mãe já lhe respondeu:
_Meu querido filho, escute os conselhos meus.
Passou na casa do seu tio pra pedir um dinheiro
não encontrou o que queria e saiu no desespero.

REFRÃO
Andando pelas ruas e lá do Inferninho
encontrou com os amigos pra dar foi um beijinho
e logo após o beijo os home apareceu
e prendeu em flagrante com um roubo que nem era meu
passei foi no CENIP 1 mês e 15 dias
depois foi transferido aqui pra Petrolina.
REFRÃO
Artista: MC Formiga